dezembro 17, 2009

As doze edições da Turma da Mônica Jovem - parte04

ATENÇÃO: SPOILERS!!


Turma da Mônica Jovem nº 8

O fatídico final de BRILHO de UM PULSAR.

Começamos no passado onde vemos a princesa Usagi acompanha de seu pai e do Robô (Sim! Ele mesmo!) indo de encontro do grande (e põe grande nisso!) Lorde Kamen. Existe uma tradição imperial que funciona da seguinte maneira: O império é governado por “casas” a cada período uma dessas casas escolhe seu campeão para lutar num desafio imperial, se o melhor lutador vencer a casa imperial dele poderá governar todas as outras. E esse desafio implica em lutar contra Lorde Kamen.

A princesa Usagi resolve participar ela mesma da disputa ao invés de mandar o seu Robô representá-la como é de costume. Contrariando a vontade do pai e de seu Robô. Daí vemos que há algo entre os dois. Para chegar a este objetivo a princesa precisa lutar com outros seres mais fortes o que nos leva ao presente onde ela encara a Mônica aos olhos de todo o império.


Mônica se recusa a usar armas embora esteja aborrecida com a princesa por ter abandonado o Robô em Marte. A princesa dá uma de Palpatine e lança raios nos cornos da dentuça. Toda a turma fica apavorada, mas como um “Cavalheiro do Zodíaco” Mônica resiste e ainda faz pouco caso da princesa.

Franja e o Astronauta reparam algo na gigantesca frota espacial que os cercam que pode mudar o jogo para os mocinhos.

Enquanto isso, Mônica ainda resiste aos ataques a lá Dragon Ball Z de Usagi, que se prepara para um ataque definitivo, até Mônica falar do Robô para ela que encerra dramaticamente seu ataque.

A princesa tem um treco, querendo saber como a Mônica sabe da existência dele e onde se encontra. O que se descobre é que o Robô foi exilado no posto de Marte, pois, a princesa não precisava mais ser protegida porque ela queria participar pessoalmente do desafio assim recuperando o prestígio da “casa imperial”. Usagi se arrepende da decisão, pois, ela ama (!) o Robô. Mônica da-lhe uma bronca a acusando de orgulho infundado por recusar a ajuda de seu amado autômato o que explica porquê Mônica estava com tanto ciúme da Xabéu com o Cebola preocupado mais com a ex-babá do que com a amiga (ainda).

Então Mônica e a princesa começam a ficar amiguinhas... Mas peralá, pomba!! Não pode terminar assim, né?

Surge o Lorde Kamen pra acabar com a ladainha e chama a princesa pra porradaria! Em Hoshi, Franja e Astronauta põem em pratica o seu plano e lançam um pulso eletromagnético na frota e se descobre que o número absurdo de naves e soldados eram hologramas para intimidar os heróis. Então nossos heróis partem pra cima da frota restante. Com a ajuda do Robô e sua Espada Pulsar acabam com o problema.

Enquanto isso, Usagi esta em desvantagem contra o Kamen, pois se desgastou muito no confronto com a Mônica que pede para ela deixar o orgulho de lado e chamar seu amado Robô que vem e mete a mão na cara do pulha gigante que cai e rapidamente declara Usagi como nova imperatriz(!) e tudo acaba bem!

Dando uma relida nesta edição, o final num aspecto romântico pode até ser divertido, mas a conclusão não deixa de ser BROXANTE.

Você pode ver esta edição de duas formas: Romântico sentimental entre Mônica, Robô e Usagi que seria o centro da história e que de alguma forma funcionaria. No quesito aventura espacial onde há um confronto sideral, mas acabamos num “tudo bem não era nada disso, no fundo somos gente (ou coelho) boa!” O que desanda tudo que foi mostrado na edição anterior e talvez por isso tenha me deixado um pouco decepcionado.

Claro que o foco é o amor do Robô pela princesa ( eu leio histórias da Marvel também então não estranho esse tipo de relacionamento), mas pra que mostrar tudo isso então? Se o tal império não é tão do mal assim deviam ter dito logo no começo da terceira edição ao invés de deixar para o final que deixou tudo piegas e sem sal. Reparem que até o Lorde Kamen (ou coelhão) aparece na foto com todo mundo desconstruindo o personagem em apenas uma página.

Dos personagens melhores desenvolvidos na trama em minha opinião estão a Usagi, por ser orgulhosa demais para admitir uma ajuda o que a afastou do Robô, que deveria ser o herói (ele lembra em muito os heróis japoneses tipo Jaspion, Kamen Rider, etc...) da história, mas seu jeito ingênuo foi muito exagerado em minha opinião, infantilizando-o suas ações. Pelo menos entenderam o Astronauta que se tornou um comandante de uma gigantesca nave esférica (como sua antiga nave) cheia de tripulantes gostei muito de vê-lo nesta versão e ainda bem que não fugiram desse padrão mesmo com a bronca do Franja. Uma das grandes sacadas foi transformar a Hoshi num robô redondo gigante na batalha final (tipo o anime Macross).

Reparo que Mônica esta muito determinada nesta historia o relacionamento com o Cebola foi bem desenvolvido sem ficar piegas, no entanto situações de briga ficou muito comedida. É nobre, claro, mas até onde isso pode chegar a ficar chato? De qualquer forma serviu ao propósito da história. Gostei quando a princesa a confunde com um homem.

Xabéu, o alvo da inveja da dentuça foi muito bem apresentada e no final vimos que ela esta arrastando a asa para o Astronauta (Histórias solo para ele já!).

O BRILHO DE UM PULSAR teve um bom começo, infelizmente em sua conclusão mostrou que a TMJ ainda não amadureceu em suas aventuras (pelo menos nestas duas primeiras) e que o receio de lidar com os personagens de forma diferente e menos “infantil” por assim dizer, pode ser prejudicial para tramas mais complexas como esta história ao qual estava gostando até o seu final.

Mas, esperemos as próximas aventuras.

Parte cinco

Um comentário:

Fábio Hideki Harano disse...

Aê, Rogério!

Volta e meia dou uma folheada por alto na Turma da Mônica Jovem nas bancas. E também li todos os seus resumos aqui no blog.

Cara, o que acha de publicar minha crítica da primeira edição da Turma da Mônica Jovem? Apesar de ser um texto só sobre a primeira edição, muito do que comentei no texto se manteve nas outras edições.

Se gostar da ideia pode me enviar um recado pelo orkut, que aí eu envio via e-mail a crítica para você colocar no blog.

Firmeza aê! E que mané Turma da Mônica Jovem! Bons mesmos são os Menores do Amanhã!