dezembro 25, 2009

As doze edições da Turma da Mônica Jovem - parte05

ATENÇÃO: TEM SPOILERS PESSADÍSSIMOS SOBRE A TRAMA, SE VOCÊ NÃO LEU A EDIÇÃO 9 DE TMJ SUGIRO QUE O FAÇA ANTES DE LER ESTA RESENHA.
SE VOCÊ JÁ LEU OU NÃO TÁ NEM AI FIQUEM A VONTADE!

Turma da Mônica jovem nº 9


Esta é uma história completa, tipo do dia a dia, mas é mais do que isso.


O PRÍNCIPE PERFEITO começa no teatro da escola onde será feito uma encenação de Romeu e Julieta, Mônica ensaia para se candidatar ao papel de Julieta, mas dependia do Cebola que combinou com ela que seria o Romeu, mas o ex-troca letra deu pra trás e coube ao Cascão (que não estava nem a par pra peça) ensaiar com a menina.

Não deu outra, o Cascão estragou tudo e logo depois chega o Cebola atrasado pois estava trabalhando em seus projetos de internet e perdeu a hora.

Claro, a Mônica fica p@#$ da vida com o rapaz que após quase apanhar dela, acidentalmente ganha o papel de Romeu (para a desgraça do eterno coadjuvante Xaveco) e o papel de Julieta foi para a lindinha da turma, a Carmem. Mônica sai muito chateada do teatro, mas com o apoio da Magali, da a volta por cima e decide ficar com outro papel e tenta ser compreensiva com Cebola.

No entanto, o ex-troca letra acha que vai levar uma sova e começa a evitá-la deixando-a mais p#$%¨ ainda. Eis que surge um rapaz bem afeiçoado (macho não chama homem de bonito, pô!) chamado Toni que a consola.

Mônica apresenta a sua “aquisição” para as demais garotas que ficam babando deixando o Cebola aparentemente com ciúmes.

Logo o cara se demonstra um bom aluno, bom colega, bom esportista... Em resumo, um babaca... Segundo o Cebola que parece estar com a alma transbordando de ciúmes. Ele tenta saber mais sobre o rapaz boa pinta enquanto há os ensaios da peça. Mônica pega o papel de mãe (kkkkkk...) da Julieta, deixando-a na derrota, mas vem o Toni e logo levanta o moral da nova amiga. Cebola decide “desmascarar” o boa laje.

No outro dia, Toni acompanha Mônica para os ensaios daí chega o Cebola cheio de gentilezas e pede para Toni fazer uma demonstração de esgrima já que no seu colégio anterior havia aulas desse esporte. E ele é realmente bom, tão bom que o diretor da peça o deixa no papel de Mercúcio (para novamente a desgraça do pobre Xaveco) rival de Romeu o que deixa o galante rapaz mais próximo da Mônica.

Cebola começa de todas as formas a atrapalhar a relação entre os dois, sem sucesso. Ele fica tão transtornado com isso que perde o papel de Romeu e logo para quem?

Mônica se enche da ciumeira do colega e dá-lhe uma bronca de cair às orelhas e sem opção ele fica filmando a peça.

Antes da peça começar, Carmem passa mal e Toni sugere a Mônica que a substitua para o papel, já que ela sabia as falas. O resultado é perfeito a peça foi um sucesso e tudo correu bem.


Aaaah... Ainda não acabou!



ZONA DE SPOILERS!!!! (pena que não posso botar aquela musiquinha que o Jovem nerd usa...)



Depois da peça, Toni pede para Mônica se encontrar com ele nos bastidores para fazer uma confissão importante. A garota pensa que ele vai pedi-la em namoro com certeza.

Ao chegar ao local, Toni a enche de elogios e disse:

“Não estou exagerando em nada! Você é uma das pessoas mais perfeitas que conheço Monica... Pra chamar de AMIGA!”

(Aaaaaai!! Coração doeu legal! Cardiologista urgente!)

Ele completa dizendo que esta interessado em outra garota do antigo colégio dele pede conselhos para a Mônica sai de cena após algumas palavras.

Cebola chega pro cara e diz qual é a dele, pois um sujeito tão esperto deveria notar que ela estava a fim dele e que dizer coisas como amizade a magoaria...

SÓ QUE ESTA ERA A REAL INTENÇÃO DO TONI!! OU MELHOR DIZENDO TONHÃO DA RUA DE BAIXO!!!!

Tonhão era o valentão que atormentava o Cebolinha e outros garotos menores, mas sempre levava bifa da Mônica. Constrangido por apanhar de uma menininha abandonou o bairro e arquitetou um plano pra lá de diabólico para “derrotar” a dentuça definitivamente. Ele mudou de aparência, estudou e se tornou simpático apenas para alçar seus objetivos. Foi capaz de persuadir a Magali a colocar salsicha nos sanduíches sabendo que Carmem era alérgica, só para colocar a Mônica no papel de Julieta.

O “vilão” se gabou tanto em contar sua vitória ao Cebola que não reparou que ele havia colocado câmeras por todo palco e até nos bastidores! E todos viram a conversa!!

Inutilmente Toni tem um piti, mas só bastou levar uma bifa novamente da Mônica.

No final, Mônica fica se sentindo culpada por ter “criado” o Toni, mas Cebola chega e diz que as coisas não são bem assim, afinal ele é um bom exemplo de que nem todos guardam ressentimentos. E ai, ambos terminam fazendo a peça.


Foi uma excelente história! Acima da média eu diria, compensa tudo que comentei na edição anterior.

É uma história bem simples, mas cheia de reviravoltas em sua conclusão, me fez realmente “explodir a cabeça” com impacto da revelação, até então se achava que era apenas um ciuminho besta do Cebola, mas a coisa era mais profunda, num passado obscuro da turma.

Toni se mostrou um “vilão” mais eficiente que os demais que apareceram nestas edições, bem desenvolvido e com um propósito definido. Se fosse outra coisa, tipo um cara legal e um romance tal não teriam a mesma comoção que me abateu tornando-se uma história mediana.


Arrisco a dizer que esta é uma das melhores edições da TMJ parabéns a Petra Leão co-roterista e demais envolvidos.





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Turma da Mônica Jovem nº10


Conta comigo, é uma historia formada de histórias menores que formam a trama completa da edição.

Mônica fica na pior porque tirou notas baixas na escola, pois perdeu muito tempo ajudando os amigos.


PROBLEMAS DE CAPTURA

Cebola pede ajuda para a dentuça com um projeto para criar um Vídeo game de luta como modelo de “motion capture”, em outras palavras ela veste um traje para captura de movimento para interpretar o personagem virtual.

Logo somos agraciados com hilárias referencias de games de luta como Mortal Kombat, Street fighter, King of Fighters e outros.

Divertido.


DECIFRA-ME OU TE DEVORO-TE

Magali entra para um game show culinário e convida a Mônica como parceira. Elas terão que competir contra a malandra Denise e a metida da Carmem.

É tipo um programa de perguntas onde responde quem apertar a Campania primeiro e Mônica é muito rápida, no entanto não entende nada de culinária o que as deixa em desvantagem, até que a Magali assume a situação e elas ganham centenas de barras de cereal(!).



LE PARKOUR

Como o nome diz, Cascão começa a praticar essa modalidade de esporte urbano originado da França de pular em obstáculos de cidades (muros, cercas, escadas, prédios, etc).

Ele pede a Mônica para filmá-lo em ação. A dentuça acha que é um esporte de maluco, mas mesmo assim acaba aceitando a tarefa seguindo o seu fedorento amigo por toda a parte.

No final, é a Mônica que humilha o Cascão pois além de segui-lo ainda carregava a câmera usando apenas uma das mãos.


Na conclusão da história Mônica é chamada pela galera e ela vai contrariada pois imaginava que se tratava de mais um favor. Mas na verdade, sabendo das notas baixas dela, os amigos resolvem fazer um grupo de estudo para ajudá-la. E tudo acaba bem.


Nesta edição nada de extraordinário acontece, embora divirta um pouco para passar o tempo (principalmente as duas primeiras histórias) é bom relaxar um pouco depois da edição nove...

Não tendo muita coisa o que dizer deste número, os desenhos assim como nos demais números tem se mantido no nível bem aceitável embora tenham dificuldades com grandes cenários, mas não sou exigente quanto a isso.



Parte final

2 comentários:

Fábio Hideki Harano disse...

Olá, Rogério!

Eu, como você bem sabe, não faço a mínima questão de ler a Turma da Mônica Jovem. Então, seus resumões são bons para eu estar por dentro. Nem ligo para os spoilers!

Cara, a edição 9, pelo visto, foi a única boa até agora. Por exemplo, sem referências forçadas à cultura pop japonesa (como acontece na edição 10). Nada contra as referências, desde que não sejam usadas exageradamente, seja na quantidade, seja na intensidade. Porque se não, vira aquela completa pagação de pau para japonês, que descrevo na minha crítica.

Eu tinha dado uma folheada na banca e realmente me pareceu que essa edição 9 foi bem melhor, tanto pela qualidade da história como pela ambientação, no cotidiano e tal.

Como eu disse, as aventuras fantásticas da Turma da Mônica Jovem podem acontecer com a Turma da Mônica clássica muito bem. Aliás, até melhor!

Fábio Hideki Harano disse...

Bom, outro ponto evidenciado nessa edição 9 é a relação "chove-não-molha" entre M e Cebol, quero dizer, Mônica e Cebola.

Manga é cheio de romances assim. O primeiro casal que me vem à cabeça é Urameshi e Keiko. Enfim, muitas vezes o casal se assume no fim da história como mais do que "apenas amigos".

Acontece que nesses manga há um final para a história. Começo, meio e fim. E no fim o casal fica-junto-que-bom-viva-finalmente!

Agora, a Turma da Mônica Jovem, pelo que percebi, não se propõe a ter um fim, a se fechar numa conclusão.

Eu acho que, infelizmente, o romance dos dois está atrelado ao capital. Relação interesseira mesmo. Como assim? Acho que o romance entre Mônica e Cebola só será assumido quando as vendas estiverem diminuindo a ponto do acontecimento ser usado como tática de marketing, para dar fôlego às histórias e, principalmente, à receita da empresa.

Aí já acho que o casal pode terminar só para dar outra movimentada nas histórias, para sair do marasmo do namoro bonito. Acredito que Mônica e Cebol até podem se aproximar de outras pessoas, mas sem dar beijo na boca, pois isso seria horrível e desanimadoramente triste para uns fãs. No máximo, beijo no rosto.

E a Maurício de Sousa Produções não vai querer arriscar tanto, a ponto de perder consumidores chateados. Então, melhor que Mônica e Cebolinha só peguem ninguém além de um ao outro.

Aliás, eu, por exemplo, não gostaria nada de ver Cebolinha e Mônica ficando com outras pessoas. Não nego que tenho também esse ideal da monogamia pura para o casal.

Enfim, o ruim seria se as idas e vindas do casal virassem puro marketing para alavancar vendas, o que acontece muitas vezes com as mortes e ressurreições de super-heróis da Marvel e da DC, deixando a qualidade das histórias em segundo plano.

Infelizmente acho que esse será o caminho tomado pela Turma da Mônica Jovem. Para mim, ela, desde sua concepção, não preza primeiramente por boas histórias.